terça-feira, 16 de abril de 2024
segunda-feira, 15 de abril de 2024
Autor Convidado
Tássio Ribeiro, é natural de Bom Sucesso - MG. Graduando em Gestão Ambiental pelo IF - Campus Bom Sucesso. Agraciado com o Diploma de Honra ao Mérito, pela Câmara Municipal de Bom Sucesso-MG, pelo trabalho com a literatura, Prêmio Concurso Cultural do IF Campus Rio Pomba -Mg.Participou das Antologias: da editora Vivara “O Poetize 2017”, Além do céu, Além daTerra (2017), Arte em Exposição A Cor do Gesto" de Artur Madruga 2019.Ganhou Menção Honrosa no concurso de poesia da Biblioteca Comunitária Conceição Maria Lopes (2017) Parem as Máquinas, pelo Selo Off Flip (2020).
Fotografia na parede
A memória está emoldurada na parede,
Numa fotografia em preto e branco.
(Sem título)
Meu pai engraxou os sapatos.
Um hábito antigo que aprendeu
No passado. Pegou seu casaco
E foi para o trabalho, onde era
Um operário. Trabalhava o
Dia todo; levava a marmita,
E o café. Minha mãe cuidava
Da casa, e dos meus irmãos.
O seu salário quase não supria
Às necessidades da casa.
Mas fazia o que podia para
Garantir o sustento. E sua maior
Virtude era a poesia, que fazia
Nas raras horas vagas. Dizia que
Tudo é uma questão de tempo e
Paciência. E o sorriso já amarelo,
Acalentava a todos, que via sua
Fibra, no corpo franzino, boca de
Menino, e a coragem de um.
sábado, 13 de abril de 2024
Instinto
sexta-feira, 12 de abril de 2024
Fornalha
quarta-feira, 10 de abril de 2024
Vozes
segunda-feira, 8 de abril de 2024
Relva
sexta-feira, 5 de abril de 2024
Autor Convidado
Daniel Rodas (Teixeira-PB, 1999) é escritor, poeta e dramaturgo. Graduado em Letras e
Mestrando em Literatura e Interculturalidade (UEPB). Editor da Revista Sucuru.
Autor da plaquete Eros e Saturno
(Editora Primata, 2021) e do livro Umbuama
(Editora Urutau, 2021). Integrou as antologias Poesia fora do eixo (Toma Aí Um Poema, 2022), Engenho Arretado: poesia paraibana do século XXI (Patuá, 2023) e Casa Encantada: o conto fantástico paraibano
(Arribaçã, 2023). Tem textos publicados em vários meios eletrônicos nacionais e
internacionais. Fez parte do grupo de teatro ExperIeus da cidade de
Monteiro-PB, onde colaborou como ator. Pensa na poesia como um fluxo, como o
fluir incontrolável da vida. Vive atualmente em Campina Grande-PB.
MALLARMÉ
os
deuses jogam dados com
o
destino.
mas
nem por isso
o
acaso os abolirá.
cada
gesto do dado é um jogo
novo
sobre a
mesa.
e
o poema:
ninguém
ganha no seu fim.
*
OS BOIS E OS HOMENS
Para Drummond
ruminam todas as
manhãs
posto que o sol lhes
acena
a incerteza do viver.
são tantos com suas
ancas largas
seus sorrisos de baba
seu silêncio sem
tempo.
vagam pelas ruas e
estradas
atravancados pelo hoje
do qual não têm nenhum
controle.
pobres criaturas saqueadas
vão sem rumo na
febre
da própria graça do algoz.
II
pois de uns
lhes é roubada a carne
de outros
a carne e o espírito.
*
ORÁCULO
a noite é enorme.
maior que a noite é a escuridão carregada sob as
unhas.
a casa nunca está fechada –
e os pássaros cospem plumas nas janelas.
há quem tente fechá-las.
mas as asas da noite invadem: cada fiapo do
olhar.
segunda-feira, 25 de março de 2024
Fauna
quinta-feira, 21 de março de 2024
Novo livro
Texto da orelha do escritor Herman Schmitz:
" Seja
bem-vindo ao mundo multidimensional de Cleber Pacheco. Cinco personagens de
nacionalidades tão diferentes como Japão, Irlanda, Índia, Rússia e Brasil,
relatam seus momentos decisivos, começando por suas mortes, e seguem com flashbacks
das suas vidas. Tudo isso ocorre de forma simétrica e vertical, em um crescente
relato visceral sobre a solidão, a velhice e a transitoriedade da vida. Como em
outras obras do autor, se imprime um forte tom místico que vai além da
narrativa, fazendo do romance uma grande mandala de sentimentos e reflexões, de
sensações e descrições, em uma requintada prosa poética. Embora tenha uma
aparência de documentário por ser montado em temas, com camadas que unem e
aprofundam a discussão, o resultado final é de que o livro rapidamente
entendido, transforma-se ele próprio, em uma peculiar resposta ao sentido da
vida. "
___________________
Herman Augusto
Schmitz
Poeta e
Mestre em Letras – Estudos literários
terça-feira, 19 de março de 2024
Tarefa
terça-feira, 12 de março de 2024
Resenha
MISTÉRIOS EM
"A ROSA MÍSTICA",DE CLEBER PACHECO
por Luiz Otávio
Oliani
"Homens de artérias obstruídas
Andam pelas ruas
Esmagadas pelo tempo." P. 29
Cleber Pacheco
O
livro "A rosa mística", Guaratinguetá,SP, São Paulo, 2023, é um
acontecimento na vida cultural de Cleber Pacheco. Trata-se de obra que
celebra 25 anos de atividades literárias do autor.
No prefácio, o já consagrado José
Eduardo Degrazia trouxe à tona a trajetória literária de Cleber Pacheco em
vários gêneros.
No que tange à poesia, enfatizou o
misticismo como uma característica do autor, ao mergulhar nos mistérios da
mitologia medieval. Enalteceu a união entre mente e espírito atravessa poesia.
Citou Gaston Bachelard e o "devaneio" proposto pelo literário através
do polissimbolismo da palavra.
Ao discorrer sobre a atenção do
poeta sobre as questões do mundo, além do esoterismo presente no livro em
análise, o que não afasta leitores céticos ou críticos, Degrazia expôs que a
visão mágica e intervenção da realidade pelo encantamento foram duas características autorais presentes, já que
têm a ver com a essência da linguagem por si só.
Assim, ao revelar que Cleber
Pacheco desvenda os enigmas do ser e da existência, o resultado é a Beleza, com
letra maiúscula.
Parte do prefácio aparece nas duas orelhas
de "A rosa mística".
Em termos de posfácio, há duas
apresentações.
A primeira é de Eduardo Jablonski,
Mestre em Literatura pela UFRGS. Nesta, ele enfatiza o hermético e o opaco na
obra de Cleber. Isto porque é a ambiguidade do texto literário que leva o
leitor a múltiplas percepções e todas estão corretas.
Segundo Jablonski, o hermético
derivaria de uma das influências de Pacheco, no caso, João Cabral de Melo Neto,
para o qual a concisão e o trato com as palavras são fundamentais em um bom
texto
Já Herman Augusto Schmitz, poeta e Mestre em
Estudos Literários, no texto"25 anos de poesia,", p. 69, na obra em
viga "(....) perscruta a alma, o sentido do oculto, do alegórico e do
hermenêutico."
Assim tal literatura seria possível
se ser contemplada como um mandala ou centro de força, em forte simbolismo
religioso.
No que tange à estrutura de alguns
poemas, cabem algumas notas, por ser impossível uma análise de todos os textos.
Em "Condição",p.15,
o eu lírico analisa a dicotomia entre "existir","memória","esperar"e
"esquecer",ao realizar a tarefa mágica do ato criador.
Já em
"Geometria",p.16,apesar da chave de ouro em "A geometria
transcende / Hipotenusa e catetos", há um leve traço metalinguístico no
poema, devido à presença dos vocábulos "semântica","grafemas
"," branco" e "página". O mesmo de dá em "Verbo
",p.17, no qual é bem explícita a presença da função metalinguística,a
começar pelo título.
Do ponto de vista estrutural dos
poemas,"Ancestral",p.18, é o texto no qual prevalecem os paralelismos,
já que as quatro estrofes são iniciadas pela estrutura "Antiga é a
(....)", com alteração dos substantivos próprios elencados.
Com alusão intertextual a William
Shakespeare, o bardo inglês, "To be or not to be",p.22, o poema é
rico de metáforas e antíteses que buscam traduzir dúvidas existenciais: "
Viver é quase um sonho / Que a morte nos desperta, / Morrer é modo estranho ,/
De descobrir a descoberta."
A reflexão filosófica está
em "Adivinhos"p.,27 ,( o místico como busca para salvação).;
"Tempo",p.29 ( poema que revela a inversão de valores da sociedade
contemporânea,); "Mundo",p.31 ( a luta pela preservação da
memória diante dos horrores criador pelo homem,), entre outros.
"Breakfast",p. 32,traz a
efemeridade da vida,pois "O tempo transcorre fagueiro / e um dia tua boca
murcha, / teus dentes caem / e já não ouves com a mesma / precisão de
antes."
quarta-feira, 6 de março de 2024
Autor Convidado
Nelson Alexandre nasceu em Maringá, Paraná. É autor de Paridos e Rejeitados (Contos, 2012) e Poemas Para Quem Não Me Quer (Poesia, 2013), ambos publicados pela Editora Multifoco -RJ. Em 2005 recebeu Menção Honrosa no prestigiado concurso de contos Newton Sampaio , quando então viu seu trabalho publicado em uma coletânea pela primeira vez. Fez parte da coletânea 101 Poetas Paranaenses , publicada pela Biblioteca Pública do Paraná, em 2014. Teve textos publicados pelas revistas: Literacia, Outras Palavras, Flores do Mal, Germina, e Diversos Afins e nos jornais: Rascunho, Bebop, O Duque e O Diário. É graduado em Letras de Universidade Estadual de Maringá.
sexta-feira, 1 de março de 2024
Conto
CÍRCULOS